domingo, 18 de novembro de 2007

EM MEU OFÍCIO OU ARTE TACITURNA

EM MEU OFÍCIO OU ARTE TACITURNA


Dylan Thomas

Tradução: Ivan Junqueira


Em meu ofício ou arte taciturna

Exercido na noite silenciosa

Quando somente a lua se enfurece

E os amantes jazem no leito

Com todas as suas mágoas nos braços,

Trabalho junto à luz que canta

Não por glória ou por pão

Nem por pompa ou tráfico de encantos

Nos palcos de marfim

Mas pelo mínimo salário

De seu mais secreto coração



Escrevo estas páginas de espuma

Não para o homem orgulhoso

Que se afasta da lua enfurecida

Nem para os mortos de alta estirpe

Com seus salmos e rouxinóis,

Mas para os amantes, seus braços

Que enlaçam as dores dos séculos,

Que não me pagam nem me elogiam

E ignoram meu ofício ou minha arte.


Link: "http://en.wikipedia.org/wiki/Dylan_Thomas">

Um comentário:

Vinícius F. de Oliveira disse...

Parabéns por este espaço virtual que encontrei por acaso procurando por um poema de B. Tolentino. Gostei muito, voltatei.